Encontro 20 – Interdependência e Impermanência

Amores,

No encontro de hoje, começamos a explorar as chamadas “delusões inatas”, começando pelo conceito de impermanência. É um universo de contemplações, mas mergulhamos um pouco mais fundo na interdependência de todas as coisas, situações e experiências.

Seguem aqui trechos do livro “The Noble Heart” do gigante XVII Karmapa:

“A interdependência é a nossa realidade, quer nós a aceitemos ou não. Para vivermos uma vida produtiva dentro de tal realidade, é melhor reconhecer e trabalhar com a interdependência, de coração aberto e sem resistências. É aí que entram o amor e a compaixão. É o amor que nos leva a abraçar a nossa conexão com os outros e a participar com prazer das relações criadas pela interdependência. O amor pode derreter as nossas defesas e esse senso doloroso de separação. O calor da amizade e do amor fazem com que seja mais fácil aceitarmos que a nossa felicidade está intimamente ligada à felicidade dos outros. Quanto mais amplamente formos capazes de amar os outros, mais felizes e plenos de contentamento nos sentiremos dentro das relações de interdependência que são uma parte natural de nós.”

 

“A noção de “eu” que as identidades fabricadas dão a você, e a noção de “meu” que vem junto, criam uma espécie de janela através da qual vemos o mundo. Você se senta do lado de dentro e olha para fora por essa moldura de “eu”  e “meu” e toma tudo que vê através dessa janela como se fosse pessoal.”

 

“O desafio é encontrarmos um equilíbrio entre o que queremos para nós mesmos e o que queremos para os outros. Encontrar esse equilíbrio requer que pensemos bem a respeito do que queremos para nós. Com isso quero dizer que se o que quiser para si mesmo for fortemente autocentrado, não será possível alcançar esse equilíbrio. Isso porque você é apenas uma parte da sua vida. Assim sendo, você precisará necessariamente levar os outros em consideração. Seus próprios interesses e a sua própria vida só estarão em equilíbrio quando incluírem o seu próprio bem-estar e o dos outros. Qualquer ação virtuosa inclui necessariamente o desejo de beneficiar outros. Se uma ação for egocêntrica será extremamente difícil encontrar e manter esse equilíbrio. É claro que você precisa cuidar de si mesmo, mas não desconsiderando os outros. Sua realização não pode se dar às custas dos outros.”

 

Aqui o vídeo do nosso encontro:

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As práticas ficarão gravadas aqui: