Quando os psicoterapeutas praticam meditação, seus pacientes se beneficiam
Ludwig Grepmair e colaboradores
Um estudo randomizado, duplo-cego e controlado realizado demonstrou a prática de atenção plena realizada pelos psicoterapeutas influencia positivamente os resultados do tratamento de seus pacientes.
Veja aqui o resumo do estudo publicado na Psychotherapy and Psychosomatics 2007;76:332–338
Antecedentes: Todos os terapeutas dirigem sua atenção de alguma maneira durante a psicoterapia. Recomenda-se uma forma especial de dirigir a atenção – a “atenção plena”. Este estudo teve como objetivo analisar se, e em que medida, a prática de atenção plena realizada por psicoterapeutas em formação (PemF) influencia os resultados do tratamento de seus pacientes.
Métodos: Foram comparados o curso de terapêutica e os resultados do tratamento de 124 pacientes, que foram tratados por 9 semanas por 18 psicoterapeutas em formação. Os psicoterapeutas foram designados aleatoriamente para um dos dois grupos: (i) aqueles que praticaram meditação Zen (MED, n = 9 ou (ii) o grupo controle, que não praticou meditação (noMED, n = 9) Os resultados do tratamento (de acordo com o prin
cípio de “intenção de tratar”-ITT) foram examinados por meio do Questionário para Psicoterapia Individual Diferencial ou Geral (STEP), o Questionário de Alterações na Experiência e Comportamento (VEV) e o Checklist de Sintomas (SCL-90-R).
Resultados: Comparado ao grupo tratado pelos psicoterapeutas que não meditaram (n = 61), os pacientes tratados pelo grupo de psicoterapeutas que meditaram (n = 63) apresentaram avaliações significativamente mais altas (ITT) para a terapia individual em duas escalas STEP, esclarecimento e perspectivas de resolução de problemas. Suas avaliações também foram significativamente maiores para todo o resultado terapêutico na VEV. Além disso, o grupo MED mostrou maior redução de sintomas do que o grupo noMED segundo o Índice de Gravidade Global e as escalas 8 SCL-90-R, incluindo somatização, insegurança no contato social, obsessão, ansiedade, raiva / hostilidade, ansiedade / fobia, pensamento paranoide e psicótico.
Conclusões: Este estudo indica que a prática da atenção plena por psicoterapeutas em formação pode influenciar positivamente o curso terapêutico e os resultados do tratamento de seus pacientes.
Aqui está o artigo na íntegra: