O que há de mais natural em todos nós

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Em seu livro “A Arte da Felicidade”, o Dalai Lama define compaixão como “um estado de mente que é não violento, que não fere e não agride. É uma atitude mental baseada no desejo de que os outros se livrem de seu sofrimento, e está associada a uma sensação de compromisso, responsabilidade e respeito para com o outro”. Ela surge a partir de um sentimento chamado em tibetano de tsewa, para o qual a tradução mais aproximada seria simplesmente “cuidado sincero”, que o Dalai Lama considera a mais fundamental das emoções humanas. Quando a compaixão inunda os nossos corações, não podemos suportar o sofrimento dos outros, porque sentimos como se fosse o nosso próprio sofrimento. Aquilo a que estamos atentos é a nossa realidade, e se realmente estamos atentos à realidade do sofrimento dos outros, a atitude compassiva de cuidar surge espontaneamente. Pense em qual seria a sua própria resposta imediata, se visse alguém sendo carregado rio abaixo, sem conseguir se segurar, clamando por ajuda. O seu desejo sincero de ajudar essa pessoa não é adquirido por meio de aprendizagem. É inato. É o seu mais profundo impulso, de cuidar.

~ Alan Wallace – “Genuine Happiness”